MULHERES PARANAENSES 2017…

O Projeto Mulheres Paranaenses, realizado anualmente pelo UniBrasil Centro Universitário, está entre os principais eventos que compõem a agenda do estado em homenagem ao mês da mulher, comemorado em março.

O Projeto Mulheres Paranaenses, realizado anualmente pelo UniBrasil Centro Universitário, está entre os principais eventos que compõem a agenda do estado em homenagem ao mês da mulher, comemorado em março. Alusivo ao Dia Internacional da Mulher, tem como objetivo homenagear personalidades femininas de destaque e que contribuem decisivamente para o desenvolvimento científico, cultural, artístico e empresarial do Paraná. O Mulheres Paranaenses 2017 teve o apoio do Grupo Boticário, da Associação das Amigas da Mama e o Soroptimista Internacional Curitiba Glória.

Abertura

Nesta edição, o evento apresentou uma belíssima festa de congraçamento entre pessoas e instituições. Foi uma noite pontuada por muita interação, homenagens e pelo memorial da participação feminina em todos os setores da sociedade. A Profa. Dra. Wanda Camargo, coordenadora do evento e assessora da presidência do UniBrasil proferiu um discurso que sintetizou toda a concepção do projeto:

“O UniBrasil Centro Universitário promove no mês de março o Projeto Mulheres Paranaenses, com o objetivo de demonstrar à comunidade acadêmica, por meio da valorização da atuação feminina, o posicionamento da instituição quanto à questão de gênero. E também para prestar uma homenagem justa a todas as mulheres que constroem o Paraná, aqui representadas por mulheres de sucesso, que se destacaram pelo talento, competência e trabalho.

O simples fato de que existam mulheres como elas já provaria a evolução na igualdade de oportunidades e direitos de mulheres e homens. Mas é importante refletir sobre a situação de pessoas em grande parte do mundo, onde questões como igualdade sequer são discutidas em face da imensa dificuldade para a simples sobrevivência. Lugares onde mulheres não tem acesso ao sistema educacional e aos mais elementares direitos básicos, e isso acontece também infelizmente em nosso próprio país.

O desequilíbrio entre os direitos reais de mulheres e homens tem se reduzido, graças principalmente a conquistas femininas, que impuseram o reconhecimento de direitos formais, e a garantia de acesso irrestrito à produção, gestão, divulgação e consumo de bens culturais tem a mesma importância.

Por isso, neste ano o subtema do evento é Fotografia. É na escrita, nas artes plásticas ou visuais que mais expressamos nosso eu mais profundo, e entre estas atividades a fotografia tem tido destaque; todo aquele que tira uma foto revela uma forma de olhar e compreender o mundo, uma concepção particular que conta mais sobre o fotógrafo do que sobre aquilo que fotografou, e constrói o que podemos denominar uma narrativa.

A mulher sempre teve destaque nas artes visuais, muito mais como objeto do que como protagonista ou realizadora. Essa, como muitas realidades está mudando, há grandes artistas mulheres, e convidamos uma delas para dividir conosco suas experiências em uma palestra, Nair Benedicto, fotógrafa de temática social reconhecida internacionalmente. Infelizmente ela não pode comparecer, mas será substituída à altura pela fotógrafa e professora Izabel Liviski.

Por fim, acredito que falo por nós todas, amamos e nos dedicamos a nossas famílias, mas jamais poderemos ser definidas apenas por isso, independente da convicção de quem quer que seja.”
Presenças

O evento Mulheres Paranaenses 2017 foi prestigiado e representado por pessoas de diversas instituições e entidades, como o Reitor da Universidade Federal do Paraná Ricardo Marcelo Fonseca (f1) a Juiza Federal Luciane Kravetz, responsável pelo discurso de abertura (f2), e as Soroptimistas Internacionais do Paraná dos clubes SI Curitiba SI Batel e SI Glória (f3) além de alunos, professores, funcionários e convidados (f4).

Homenageadas

Neste ano a grande homenageada com o troféu Mulher Paranaense 2017 foi Graciela Inês Bolzon de Muniz. A profissional que agrega em seu currículo, pós-doutorado em Educação à Distância e doutorado em Engenharia Florestal, é professora titular de Tecnologia Florestal da UFPR, pesquisadora CNPq, coordenadora de Pesquisas Nacionais e Internacionais e vice-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“Essa homenagem foi uma surpresa muito agradável e emocionante. Apesar de ter nascido na Argentina, adotei Curitiba como minha cidade. Metade da minha vida e também minha carreira é aqui no Paraná, por isso fico muito feliz em ter esse reconhecimento”, declarou a homenageada.

Homenageadas Internas

O Projeto Mulheres Paranaenses também homenageia todos os anos mulheres que fazem parte da comunidade interna da Instituição. Os nomes são escolhidos por suas qualidades, entre elas, dedicação, simpatia, solidariedade e alegria. Em 2017 o tema é o olhar por meio da fotografia, nossas fotógrafas amadoras, aquelas que gostam de registrar sua visão pessoal do mundo através das fotos. Não importa se usam câmeras, celulares ou outro equipamento; a diferença se faz indo além dos “selfies”, olhando a natureza, os outros, os animais e detalhes da cidade.

Concurso de Contos

Após as homenagens, a escritora Dirce Doroti Merlin Clève, entregou as premiações e menções honrosas às vencedoras do Concurso de Contos Dirce Doroti Merlin Clève. Fizeram parte da comissão julgadora, os professores Jefferson Franco (presidente), Maura Oliveira Martins, Wanda Camargo (secretária), todos do UniBrasil Centro Universitário, Rosana Franco, professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e Dário Ferreira Sousa Neto, professor da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR – Campus Paranaguá).

Palestra

A fotógrafa e professora Izabel Liviski foi a responsável por conduzir a palestra da noite, que teve o título de “O Protagonismo da Mulher na Fotografia”. Doutora em Sociologia pela UFPR, foi a primeira mulher a ser admitida como fotojornalista no jornal Gazeta do Povo, onde trabalhou por doze anos. Pesquisadora sobre questões da imagem ligadas a temas sociais, como presídios, comunidades socialmente vulneráveis, direitos humanos e inclusão visual, Izabel discorreu sobre a presença feminina desde os primórdios da fotografia, e as dificuldades das mulheres em passar de meras assistentes para fotógrafas de fato.

“A mulher é o sexo frágil e belo para ser mostrado na fotografia, visto quase como um troféu. A mulher até meados do século XX teve seu comportamento rigidamente normatizado, desde a postura, como andar, sentar-se, falar e principalmente, na forma de olhar. Esta é, para além do mero comportamento, uma questão política, de relações de poder, já que a mulher existia apenas para ser vista, admirada, e não para olhar ou “narrar” sua visão de mundo através da imagem.

Nos cânones das artes visuais – e a fotografia inicialmente seguiu os cânones da pintura – o homem quando representado, quase sempre olhava frontalmente, enquanto a mulher olhava de forma oblíqua, seu olhar era esmaecido, quase apagado”, diz a palestrante que, ao longo do discurso, apresentou diversas imagens de referência para ilustrar a trajetória das pioneiras na fotografia, e na sua conquista ao direito de olhar.

Confira mais fotos do evento:

Agradecimentos à Soroptimista Maria Aparecida Francisco, da Multi Art.

Texto e Fotos:
Tiago Machado da Silva
Assessoria de Comunicação.
tiagosilva@unibrasil.com.br
41 3361.4233
Curitiba-PR

 

Tags:
Izabel Liviski é professora e fotógrafa, doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Escreve a coluna INcontros desde 2009. É Co-Editora da Revista​ ContemporArtes e Diretora de Redação do TAK! Agenda Cultural Polônia Brasil. Contato: bel.photographia@gmail.com

Deixe um comentário