Primeiramente, gostaria de salientar a importância de trabalhar com a Educação em Direitos Humanos (EDH), ou melhor, Direitos da Pessoa Humana. Fui tutora virtual e presencial no curso de aperfeiçoamento em EDH na UFABC e acompanhei de perto alguns dos trabalhos em diversas escolas, muitas delas com recursos precários e com trabalhos magníficos.
Também sou professora e nas tentativas de construir dias melhores dentro da escola, muitas vezes, me sinto “sozinha”, mas quando vi cada uma dessas educadoras e educadores, também multiplicando um conhecimento emancipador, foi, no mínimo, fortalecedor e, pude concluir que não estamos a sós nesta luta. Parabéns!
Quando recebi o convite para escrever o roteiro e dirigir o documentário, refleti mais ainda sobre todos os projetos de intervenções nas escolas e o quanto seria interessante gravá-los in loco. Estruturei o documentário em três partes:
Na primeira, há uma introdução explicativa e poética para quais são os direitos humanos e as possibilidades de promover a educação em direitos humanos.
Na segunda, explicamos o que seria EDH com a poesia elaborada e declarada por uma cursista, ilustrada com várias imagens pesquisadas pela Letícia Gonçalves. Depois, a professora Ana Maria explica o curso e o tutor Salvador declara uma poesia.
A terceira parte, é composta pelas intervenções rodamos os quatro cantos da Grande São Paulo para documentar a riqueza visceral das intervenções elaboradas pelas cursistas de Aperfeiçoamento em Educação em Direitos Humanos promovido pela UFABC e MEC, em parceria com a Prefeitura de São Paulo.
Gostaria de agradecer as pessoas colaboradoras do documentário, que ajudaram na viabilização do documentário, abriram as portas das escolas em que atuam para que possamos documentar o trabalho de vocês. Fomos para Cotia, Parelheiros, São Mateus, Vila Prudente, Butatã, São Bernardo, Santo André, Vila Metalúrgica, entre outras. Fomos muito bem recebidas, esperamos que vocês possam aprender e ter novas ideias com cada uma das intervenções!
Inclusive, o título Seja Mais foi escolhido com base no princípio freiriano para deixarmos de ser coisa e transformarmos a realidade cruel para ser mais. É preciso educar para construir uma cultura de direitos, para que as pessoas possam saber resistir as formas de violência, de assédio e de violações. Acreditamos que a Educação em Direitos Humanos pode ser uma importante ferramenta para desenvolver autorreflexão, consciência crítica acerca das desigualdades, promover o respeito e possibilitar a mudança.
Disponibilizo o documentário em sua íntegra para vossa apreciação: