Nós gatos.

O texto de hoje fala sobre a necessidade das “coisas”. De quanto precisamos? Qual o preço do “ter”? E o que os gatos, sobre isso, tem a nos ensinar??

fique atento!

Meus amigos estão preocupados com o seu futuro próximo, alguns já sentem dificuldade no seu dia a dia, falta cliente, falta trabalho, falta dinheiro…

“Brasil voltou a ser Brasil”, com uma cara de pau absurda, o Governo tira direitos sociais, massacra e age contra a própria Constituição, para fazer o Brasil a voltar a ser um caldeirão de miséria e desespero pior do que ja era. Esta é a melhor maneira de uns poucos ganharem dinheiro, muito dinheiro.

Daqui há pouco são as eleições, e o povo continua votando em seus carrascos. Embrutecidos por uma ideologia que torna “vagabundos perigosos” quem sai às ruas a lutar por sua sobrevivência digna. Uma ideologia que culpa o pobre por ser pobre, e o faz ter vergonha de “seu fracasso e incompetência” e assim justifica e aceita o seu sofrimento

Conheço bastante gente que apoia esta ideia. Conseguiram “ter sucesso”, mas não dão um passo a frente para perceber que não são todos que conseguem, e os motivos são muitos e complexos. Jogam a resposta na “falta de vontade e caráter”. Tenho conhecidos que analisam a vida de maneira simplória e superficial, e se sentem os donos da razão. Analisam a vida com pré-conceitos mais antigos que seus avós, mais absurdos e tacanhos possíveis.

Um conhecido, que pode ter a vida, grande parte, financiada pela mãe, quando vê no jornal da tv a notícia da super lotação dos presídios, solta a pérola “bandido tem de morrer”. Simples assim as análises, preguiçosas e cruéis. Por alguns milésimos de segundo penso: “Quem tem de morrer é você, e pessoas que pensam como você, de maneira rasa e burra!” Me calei…

Me calei porque são estas pessoas a maioria, não me iludo, até aqueles que estão no fundo do posso não são capazes de sair desta moral, desta linha de raciocínio, formada há século e séculos para manter a natureza do “homem predador”. “O homem é o lobo do homem” já escreveu Plautus (254 -184 a.C:), dois séculos antes de Cristo. E pouco mudou…

Às vezes desconfio que os cristãos devem ter razão, apesar de não estarem completamente certos. O tal inferno, o tal purgatório e o céu, que eles adiam para o além morte, deve ser aqui e agora. O céu, quem ganha, são os muitos psicopatas, que praticam suas atrocidades sem qualquer sentimento de culpa, sem qualquer empatia. São os “vencedores” deste nosso mundo podre…

Tenho consciência que foi apenas a Sorte, a deusa Fortuna, que me deu a chance de nascer relativamente  bem neste mar de miséria que é a humanidade…

Este texto foi um desabafo, de uma pessoa que não consegue ver uma luz, nem esperança de mudanças, se não virarmos tudo do avesso. O que fazer pra mudar? Que tal refletir sobre TODA a nossa HERANÇA MORAL, criticar de maneira honesta, refletir sobre  o que vangloriamos, sobre o que dos valor???

Enquanto não nos enojarmos de verdade com aquele que joga dinheiro fora comfutilidaes, para ostentar sua riqueza e seu “sucesso”. Nada vai mudar. Enquanto formos idiotas o suficiente e estarmos dispostos a pagar caro para nos afirmarmos numa sociedade com valores pra lá de questionáveis, nada vai mudar!

Um meio? O consumo. Reflita sobre o seu consumo! Pare, pense todo este sistema depende do seu consumo para sobreviver… Você quer mudaste sistema? Mude sua foram de consumir tudo, nãos bens matérias, mas ideias e valores também!