Plínio Salgado: A formação do ideário do ideólogo chefe
Yuri da Silva Ribeiro Bonilha
Graduando do curso de Bacharelado em História do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF/Campos dos Goytacazes
Yuri da Silva Ribeiro Bonilha[i]
Resumo: No presente artigo procuro analisar como o pensamento de Plínio Salgado se forma nos seus anos pré-AIB. Para isso, analiso seus romances da década de 1920 e início da de 1930, e norteando minha explanação com a bibliografia acerca do tema. Ao fim, busco fazer a ponte entre esse ideário construído ao longo da década de 1920 com a fundação da AIB e alguns de seus preceitos.
Palavras-chave: Plínio Salgado, Modernismo, Integralismo.
Resumén: En presente artículo trato de analizar cómo el pensamento de Plínio Salgado se formó em sus años de pré-AIB. Para eso, analizo sus romances de la década de 1920 e princípios de la de 1930, y guiando mi explanación con la bibliografia sobre el tema. Al fin, trato de unir la ideología construída al largo de la década de 1920 con la fundación de la AIB e algunos de sus preceptos.
Palabras-clave: Plínio Salgado, Modernismo, Integralismo.
O Integralismo foi um dos principais movimentos de massas da história do Brasil, tendo por volta de 800 mil filiados[ii] durante a década de 1930 e espalhados em células por todo o território nacional. É de conhecimento geral que Plínio Salgado foi o fundador, chefe e principal divulgador do movimento que veio a se chamar Ação Integralista Brasileira, a AIB, considerado o primeiro partido de caráter nacional. Apesar de bastante tentadora a análise da atuação política do movimento e seus impactos na sociedade, o presente artigo tem como força motivadora outro aspecto: a formação do ideário de Plínio Salgado.
Partimos da premissa que para compreender o concreto – o movimento, neste caso – devemos compreender primeiramente a teoria, a ideia. Ou melhor, o ideal a ser alcançado. A palavra ideal é uma das chaves para a compreensão do pensamento do Chefe integralista, mas voltaremos nesse ponto mais adiante. Sendo assim, nosso objetivo aqui é analisar como se construiu o pensamento de Plínio Salgado, passando pelo início de sua vida como escritor, sua fase modernista e os primeiros momentos já na frente da AIB.
Antes de vir a ser reconhecido como um dos modernistas da década de 1920, presente na Semana de Arte Moderna de 1922, Plínio, na sua juventude, escreveu uma série de poemas no estilo parnasiano[iii], como atesta o historiador Rodrigo Santos de Oliveira. Apesar de ter escrito poemas nesta métrica, não legou grandes obras a este movimento.
Foi na década de 20 e 30 que Salgado escreveu suas principais obras modernistas, como O Estrangeiro, O Esperado, O Cavaleiro de Itararé e O Curupira e o Carão. Este último em parceria com Menotti del Pichia e Cassiano Ricardo. Todas estas obras, um tanto quanto românticas, terão nelas contidas diversos conceitos e ideais que Plínio Salgado mais tarde sintetizaria como o ideário integralista. Procurarei analisar esses conceitos ao longo deste artigo.
Plínio tinha a ideia que o modernismo era um movimento em construção que necessitava de diretrizes para nortear seu desenvolvimento. As muitas correntes que circulavam dentro do movimento também desagradavam o escritor, já que para ele deveria existir uma coesão maior de ideias, norteadas principalmente por ideais patrióticos. Plínio com a Coleção Verde-amarela[iv] irá defender uma linha de atuação nacionalista em contraponto, sobretudo, a Oswald de Andrade, que defendia a antropofagia cultural, isto é, a absorção de valores, movimentos e escolas estrangeiras e a sua aglutinação com as características culturais brasileiras. Plínio se opõe pois para ele a arte brasileira deveria ser edificada utilizando-se dos valores culturais do povo brasileiro. Ele escreve em oposição a Oswald Andrade e seu Movimento Antropofágico o seguinte trecho extraído do livro O Curupira e o Carão de 1927:
Em três correntes dividiu-se o grande rio [modernismo]: a de Mário de Andrade com, os extremistas; a do “Pau-Brasil” importado da França por Villagaignon e lavrado por Oswald de Andrade e a nossa Verdeamarela, que quer conter, vivas, a alma e a paisagem da Pátria. Se um espírito comum é o Deus tutelar das três igrejas, cada uma criou seu Evangelho e seu rito. A nossa está para a de Mario como a igreja católica para a grega ortodoxa. Oswald é o heresiarca, quase huguenote, a quem reservamos uma noite de São Bartolomeu… (PICCHIA, RICARDO, SALGADO, 1927: 14-15 apud OLIVEIRA, 2015, p.339).
A estreita relação entre política e arte estará presente na mentalidade de Plínio Salgado e isso refletirá a sua obra como um todo. Pegarei como exemplo duas fontes duas das principais obras do modernista: O Estrangeiro (1926) e O Esperado (1931).
Ambos os livros citados acima fazem parte de uma trilogia de romances que seguem nesta ordem cronológica e tem como terceiro e último componente a obra O Cavaleiro de Itararé (1933). Não adentraremos nesta obra no presente artigo, portanto, retomemos ao primeiro livro da trilogia. Mas antes de retornar é importante frisar que este trabalho não visa fazer uma resenha ou crítica literária, tampouco uma sinopse. Algumas passagens e personagens da obra serão destacados com o intuito único de demonstrar a formação do pensamento de seu autor. O foco nestes escritos são mostrar como o pensamento de Plínio Salgado e suas conceituações centrais já estavam presentes em suas obras pré-carreira política e pré-AIB.
O Estrangeiro é como o próprio Plínio Salgado disse certa vez, “o […] primeiro manifesto integralista”[v]. Nesta obra observamos alguns conceitos que caminharão com Plínio Salgado a partir de então, e consequentemente, até a fundação da AIB. O primeiro, e que tem relação com todos os outros, é a dualística entre sertão e litoral.
Para Salgado o litoral era o que representava o que tinha de mais decadente na sociedade e representava a verdadeira ameaça ao Brasil verdadeiro, segundo seu pensamento. O litoral era a representação alegórica do comunismo, do liberalismo, do cosmopolitismo, da mentalidade secular, do urbanismo, em suma, de tudo que Plínio Salgado declarava ser – pelas palavras do professor Juvêncio, uma dos personagens principais do livro – a ruína do Brasil. Por sua vez, o sertão era revestido com uma áurea angelical. Era aquilo que existia de mais essencial para a construção de um nacionalismo autêntico. O interior rural, católico e caboclo[vi] era na visão de Salgado o que o Brasil era e estava deixando de ser por conta da invasão do “litoral” sobre o “sertão”. Colega de Plínio Salgado, o escritor Cassiano Ricardo define muito bem essa dicotomia com palavras que poderiam ser encontradas na boca ou nas páginas do próprio Salgado:
Dentro de nossa originalidade como povo livre é que nós da taba verdeamarela procurando a melhor forma de expressão para revelar o Brasil. Os outros também, não há dúvida. Mas há uma diferença enorme de processos e de atitudes. […] O caso, entretanto, é que eles, a começar pelo começo estão errados: olham o nosso país visto do litoral; nós procuramos olhá-lo, visto do centro. Quando querem descobrir o Brasil, metem-se a procurá-lo nos livros (os que não foram à Europa) ou vão achá-lo na “rue de la Paix” (os que passeiam a sensibilidade displicente a bordo dos transatlânticos). Ao passo que nós, quando queremos certificar-nos da nossa existência e da nossa originalidade, enveredamos pelo país a dentro. […] Os nossos adversários são adeptos da cultura importada e das receitas de inteligência: são dadaístas, futuristas, expressionistas, cubistas, impressionistas, principalmente francesistas; nós não. O que propugnamos é a criação de uma cultura nossa, viva e intelectual. Americana[vii] e brasileirista (PICCHIA, RICARDO, SALGADO, 1927: 47-48).
Atrelado ao embate “sertão” x “litoral” entra a questão do imigrante. Para Plínio Salgado o imigrante não era um mal por si só. O escritor reconhecia a importância dos imigrantes para a formação da brasilidade[viii], afinal, para ele, a raça brasileira era formada pela mistura do branco português, do índio nativo e do negro cativo. Para Salgado o imigrante era considerado até mesmo peça fundamental para o crescimento do Brasil. O que Salgado não admitia era o imigrante que não se adaptava a terra e não deixava-se assimilar aos costumes brasileiros, pois para ele, este imigrante estava preso a sua nacionalidade e/ou cultura de origem e entravava o desenvolvimento do brasileiro enquanto povo. Vale lembrar que Plínio Salgado pensava o povo brasileiro como um “Povo Criança”, ou seja, ainda em maturação. Sobre a questão da assimilação Plínio Salgado discorre em um discurso na Radio Educadora Paulista posteriormente publicado no Correio Brasiliense em 1934, como atesta Leandro de Pereira Gonçalves:
As correntes imigratórias, que nos procuram, terão de renunciar o Passado, condição que foi imposta aos nossos avós, quando pisaram a terra americana. E nós devemos acolhê-las, se nos sujeitarmos a quaisquer imposições que tragam o cunho de velhos prejuízos europeus, ou que tenham em mira perpetuar, dentro de nossa Pátria, feições nacionais estrangeiras: Assim, nosso espírito nacional deve estar alerta, para que um cosmopolitismo nocivo não venha retardar a palavra que o Brasil compete dizer um dia ao mundo. (SALGADO, 1995, p. 89, apud, MATOS, GONÇALVES, 2014, p.174).
Outra citação do líder integralista importante de ser trazida a tona é a que ele faz uma explanação acerca dos judeus. Porém, de forma psicanalítica, o que nos interessa nesta citação é observar o que está nas entrelinhas. A partir desta valiosa minucia é possível perceber a lógica assimilativa de Plínio Salgado já em tempos de AIB:
Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo e a raça brasileiros tão superiores como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos. Como estes não são intransigentes nesse sentido, desejamos que tal inferioridade não subsista nos judeus porque uma raça inteligente não deve continuar a manter preconceitos bárbaros. (SALGADO, 1936)
Quando Salgado diz que deseja ver a raça judia em pé de igualdade com as outras raças e logo em seguida condiciona a via desta igualdade ser através do casamento com cristãos. É exatamente a mesma lógica em relação aos imigrantes. Desta forma o judeu deveria abdicar de sua etnia e crença e adaptar-se a lógica cristã, sendo então assimilado.
Ainda dentro da visão sobre o imigrante, para Plínio Salgado o comunismo também era visto como um problema. O comunista era visto como o estrangeiro que vem ao Brasil, reluta em ser assimilado e ainda pior (para Salgado), tenta impor valores internacionalistas alienígenas aos brasileiros. Um de seus personagens principais em O Estrangeiro se chama Ivan, um comunista russo que vem ao Brasil, não se adapta e, consequentemente, tem um final trágico: suicida-se.
Para desfechar a análise sobre O Estrangeiro julgo ser interessante trazer um trecho de um escrito de Salgado intitulado Cartas aos Camisas-Verdes aonde ele relembra de quando escreveu o livro e de suas inspirações. Essas lembranças são uma boa amarração do que já foi discutido até aqui:
[…] Imaginei, nessa época (1922), a figura central do meu romance, o professor Juvêncio e o seu contraste, Ivan, o intelectual que não compreendeu a Terra, o estrangeiro de todos os países, o desenraizado sem Pátria, que tanto pode ser um russo como um brasileiro de portas de livrarias. Tudo o que escrevi nas páginas daquele livro, que eu considero o primeiro manifesto integralista, eu senti nesta parte do sertão da minha terra. (SALGADO, 1935, p. 24-25).
Neste trecho podemos perceber a dualidade sertão, na figura do professor Juvêncio (alter ego de Plínio Salgado) e litoral, na figura de Ivan, o comunista cosmopolita, materialista e alheio a cultura tradicional[ix] brasileira; e a questão acerca do imigrante e sua assimilação. No final, Plínio confirma a nossa análise ao dizer “Tudo o que escrevi nas páginas daquele livro, que eu considero o primeiro manifesto integralista”, pois no romance O Estrangeiro é possível perceber diversos conceitos e análises que estarão presentes na fundação da AIB em 1932.
Partindo para a segunda obra da trilogia Crônicas da Vida Brasileira, O Esperado, lançado em 1931, logo após a Revolução de 1930 e de Plínio Salgado voltar da Europa, é uma obra aonde também podemos perceber as críticas do autor frente as incertezas e instabilidades da sociedade. O mundo de O Esperado é o de uma sociedade caótica, composta por diversos indivíduos – daí o número grande de personagens na trama – aonde não há um personagem central, mas uma massa de pessoas que tem suas vidas interferidas por conta de um grande projeto que é discutido para ser votado que irá beneficiar as ambições de um capitalista inglês.
A angústia e a incerteza causadas por esse projeto, que de forma indireta acaba por interferir na vida de todos é percebida logo de cara, e não por acaso, como atesta Robson dos Santos, o título da primeira parte do livro chama-se “Que Angustia É Essa? ” e tem como epígrafe a seguinte frase: “Há um rumor de angústias e de gemidos, crescendo em torno dos arranha-céus…”. Mas de onde vem essa angústia e incerteza no coração da cidade grande? A resposta estava também presente em O Estrangeiro.
A aversão de Plínio Salgado ao capitalismo, ao cosmopolitismo e a todo o resto que já fora citado anteriormente estará presente também em O Esperado. Apesar do autor reforçar suas críticas, ele o faz por outra perspectiva. Em O Esperado, Plínio Salgado dissocia a imagem do imigrante ao comunista apátrida, já que neste romance, o problema do imigrante não assimilado se dá também com personagens sírios, italianos, alemães e até mesmo negros brasileiros que adotavam costumes estadunidenses.
“Multidão indo e vindo, no dia azul, na rua Quinze embandeirada em festa. Um soldado que vai, um padre que vem. Dois sírios conversam na esquina: concordatas com desvios e acordos forçados. Bigodes e relógios de portugueses, rostos massa de tomate de italianos. No trote buzinado um ford, um chauffeur japonês sacode um alemão. Negrinhas de meias de seda nos braços palm-beach de zumbis endomingados desfilando no cake-walke cosmopolita das estilizações yankes do Zanzibar.”. (SALGADO, 1981, p.21).
A dualística “sertão x litoral” presente em O Estrangeiro também se faz presente aqui, mas de forma também diferente. O avanço do litoral sobre o sertão pode ser interpretado ao longo da segunda parte do livro através da relação dos personagens Edmundo Milhomens e Camurça, com o senador corrupto Avelino Prazeres. Os dois primeiros se veem numa situação econômica difícil e acabam tendo que aceitar emprego oferecido pelo senador Prazeres, mesmo sabendo das desonestidades por trás das ações do cargo. Resumidamente Milhomens e Camurça são humilhados e manipulados pelo senador que os manda para o interior para conseguirem assegurar os interesses de Prazeres, que visa expandir suas propriedades. Percebe-se então como o litoral, na figura do senador, controla e se apossa do sertão, na figura de seus empregados, visando a exploração do primeiro para com o segundo, já que os interesses econômicos do senador são o norteador de suas ações. Podemos concluir que Salgado, assim, compreende o capital e o materialismo como destruidores da pátria autêntica, já que essa pátria está nas mãos dos interesses de políticos corruptos aliançados com investidores estrangeiros.
Depois de uma breve explanação da trajetória literária de Plínio Salgado, e dos conceitos chaves de seus dois primeiros romances na sua importante trilogia, podemos perceber as raízes de certos pontos da doutrina integralista.
Eliana Regina D. Dutra definiu bem a concepção de Plínio Salgado acerca de nação e povo, e isso é importante a essa altura. A autora diz que Salgado compreendia a nação como a consciência dos limites entre uma nação e outra. Fica claro, portanto, porque Salgado em seus romances sempre utilizava o imigrante como contraponto ao povo brasileiro e, em consequência, como gancho para exaltar a cultura e a tradição brasileira em face ao outro. A nação não poderia existir numa sociedade inconsciente do seu próprio ser. Assim, ao fundar a AIB em 1932, Plínio Salgado irá escrever, um ano depois, a seguinte frase em seu livro ‘O Que é o Integralismo’: “O Integralismo não é um partido: é um movimento. É uma atitude nacional. É um despertar de consciências.
É a marcha gloriosa de um Povo.” (SALGADO, 1933, p.77). Temos nesta frase a correlação entre povo e nação que Salgado idealizara: um povo nacionalmente consciente e que se move em direção a um objetivo áureo e bem definido.
Outro ponto de ligação importante e complementar envolvendo a nação também se encontra entre a ideologia e a obra pliniana. O caos, a melancolia e a desordem que tomam conta de seus romances está intimamente ligada com a falta de projeto nacional. Em ‘O Esperado’, por exemplo, não há um grande projeto nacional que norteia o país, mas apenas personagens vivendo sob o caos urbano. Não há o despertar de consciências em seus personagens. Se para Plínio Salgado essa desordem[x] que permeia a urbe impossibilita um projeto nacional, este, por sua vez, defenderá a ordem como fator indispensável para se pensar a nação, como fica claro em ‘A Doutrina do Sigma’ quando Salgado nomeia 8 aspectos de ordens fundamentais para conter a ebulição social que fragmenta a sociedade em pequenos nichos de interesses individuais ou de pequenos grupos, impossibilitando um interesse maior, o nacional.
Como última análise, percebemos a fundamental importância de se compreender a literatura de Plínio Salgado para se compreender a sua atuação política. Os romances pré-AIB contém explicitamente ou implicitamente preceitos e alegorias fundamentais para o ideário do autor, e que não surgiram somente em 1932, mas fora um processo paulatino de reflexão e construção ideológica, motivado pelo contato com as transformações da sociedade do tempo presente do autor e da análise e concepção romântica do passado e do povo brasileiro.
Bibliografia:
CARNEIRO, Marcia Regina da Silva Ramos. Participar pela direita – o novo integralismo e o direito de defender a negação de direitos numa outra “democracia. Anais do Seminário Internacional de História do Tempo Presente. Florianópolis: UDESC; ANPUH-SC; PPGH, 2011.
DUTRA, Eliana Regina de Freitas. Entre a melancolia e a exaltação: povo e nação na obra de Plínio Salgado. Revista Brasileira de História, vol. 19, núm. 37, setembro, 1999, p.0 Associação Nacional de História São Paulo, Brasil.
GONÇALVES, Leandro Pereira. A formação do Integralismo brasileiro e a literatura de Plínio Salgado. Albuquerque: revista de História, Campo Grande, MS, v. 4 n. 8 p. 49-67, jul./dez. 2012.
OLIVEIRA, Rodrigo Santos de. A produção literária de Plínio Salgado e suas influências no integralismo. Historiae, v.6, n.1, Dossiê História e Cultura. Rio Grande, 2015.
MATOS, Maria Izilda Santos de, GONÇALVES, Leandro Pereira. O ESTRANGEIRO na obra de Plínio Salgado: matrizes, representações, apropriações e propostas. Patrimônio e Memória, São Paulo, Unesp, v. 10, n. 1, p. 157-182, janeiro-junho, 2014.
SANTOS, Robson dos.. A estética política – literatura e sociedade em O Esperado, de Plínio Salgado. Revista Urutágua (Online), v. 12, p. 01-09, 2007.
Fontes:
SALGADO. Plínio. “O que é o Integralismo” (1933), 4ª edição, in “Obras completas”, 2ª edição, volume 9, São Paulo, Editora das Américas, 1959, pp. 77.
SALGADO, Plínio. A Doutrina do Sigma, Editora Livraria José Olympio, Rio de Janeiro, 1934.
SALGADO, Plínio. O Esperado, 5ª edição, São Paulo, Editora Voz do Oeste
, Brasília, INL, 1981.
[i] Graduando do curso de bacharelado em História da UFF campus Campos dos Goytacazes.
[ii] Dados segundo a historiadora Márcia Carneiro no artigo Participar pela direita – o novo integralismo e o direito de defender a negação de direitos numa outra “democracia”. Publicado em 2011 pelos Anais da I Seminário Internacional História do Tempo Presente.
[iii] Incentivado por Menotti del Pichia a largar a poesia parnasiana e começar a escrever prosa.
[iv] Em conjunto com Menotti del Pichia e Cassiano Ricardo.
[v] SALGADO, 1935.
[vi] Vemos aqui a oposição campo x cidade, mas também a demarcação de duas características que o nacionalismo brasileiro deveria ser: católico e caboclo.
[vii] Americana aqui não tem o sentido contemporâneo de referência aos Estados Unidos. No significado da década 1920 quer dizer referente ao continente americano.
[viii] A confluência das três raças (indígena, branca e negra) que dariam origem a raça brasileira, segundo a narrativa integralista. Plínio Salgado escreve sobre a confluência das raças no seu livro A Quarta Humanidade, “Nós somos um povo que começou a existir desde a morte de todos os preconceitos, quando as três raças se fundiram, irmanadas, no exercito selvagem de negros, de índios e de brancos, na aventura guerreira de Camarão, Negreiros e Henrique Dias.”(SALGADO, 1934: p.138).
[ix] Tradicional na concepção de Plínio Salgado sobre o que era a cultura brasileira. Podemos encontrar uma definição do que é Tradição para o autor em Compêndio de instrução moral e cívica de 1968 quando ele diz: “a garantia da sustentação dos caracteres essenciais da psicologia de um Povo, da manutenção de suas virtudes e das aspirações constantes do seu progresso”. (SALGADO, Plínio, 1968, pp.64-66 apud DUTRA, Eliana Regina Duarte, 1999, p.7).
[x] Não apenas a desordem pública, mas também a desordem moral, espiritual, familiar, militar, política e etc.