Não só nas escolas particulares, mas também nas públicas, a área educacional e a maior parte de outras têm sentido com bastante intensidade os problemas econômicos enfrentados pelo país. Estudar exige investimento, não apenas nas mensalidades das instituições privadas, mas também em livros, materiais didáticos, tempo disponível, acomodações para estudantes de fora de uma determinada localidade onde o curso desejado é oferecido, alimentação e diversos outros gastos.
Tudo o que afeta empregos certamente afetará o sistema educativo, já que, além da formação para a cidadania, um dos principais objetivos de toda escola, em qualquer nível, é a preparação para o exercício profissional, permitindo que o país desenvolva adequadamente… sua economia!
O mundo do trabalho exige boa formação, e boa formação exige investimento, mas atualmente assistimos com surpresa um fato novo, que é economias que crescem sem o equivalente aumento no número de empregos, o que desafia todo o mercado, os investidores, trabalhadores e empresas que precisam se adaptar a esta inédita ordem econômica, e tais mudanças estruturais trazem oportunidades para alguns, normalmente aqueles melhor preparados e com maior acesso à tecnologia de ponta, porém dificuldades extremas para muitos outros.
Nas situações de “pleno emprego” e nas crises de empregabilidade são aqueles melhor preparados que conseguem os melhores postos de trabalho, e quando a situação econômica é estável, a quase totalidade da população consegue sustentar adequadamente suas famílias, já que, mesmo aqueles trabalhos sem grande exigência tecnológica continuam sendo necessários.

Ilustração de Tomek Setowski