Letícia Costa Silva
Kezia Vieira de Sousa Farias
Kelly Carolyne Cirqueira Alves
A partir das históricas formas de organização social acontecem também avanços nas formas de produção, principalmente a partir do século XVIII com a revolução industrial e o desenvolvimento do sistema capitalista e suas constantes reestruturações produtivas pautadas pelo liberalismo e neoliberalismo. Todas essas dinâmicas do capital influenciando nas questões econômicas, sociais e culturais em relação às condições de trabalho, bem como à situação juvenil, principalmente aos jovens agricultores que estão sendo levados a abandonar a terra para adentrar à condição de exército de força de trabalho nas cidades nesse sistema exploratório desencadeado pelo modo de produção capitalista.
Imagem 1: Revolução Industrial. Imagem 2: Trabalho e desemprego. Imagem 3: Jovem agricultor
No mercado de trabalho os jovens são marginalizados, pois são considerados sem experiência para atuar em empregos de grande responsabilidade e quando conseguem emprego são em atividades fragmentadas, cansativas e repetitivas, de legislação flexível, com grande carga horária e baixa remuneração.
Dentro dessa problemática da condição juvenil e trabalho, há a questão também do jovem situado no espaço rural, em que é simultaneamente herdeiro e trabalhador da propriedade. Na realidade agrícola o que possibilita o reconhecimento social como agricultor adulto não é a idade, mas sim o domínio “sobre o saber fazer da agricultura”, ou seja, as técnicas de produção necessárias, oportunizando o reconhecimento desses jovens, como agricultores. (WEISHEIMER, 2009).
De acordo com Weisheimer (2009), para que aconteça esse processo geracional, da transição de jovem para adulto no contexto rural, é importante que haja as condições econômicas, sociais e culturais adequadas. No entanto, muitas vezes devido às difíceis condições que se encontra a situação agrária em decorrência das consequências dos processos promovidos pelo sistema capitalista nas relações de trabalho no campo, muitos jovens acabam por abandonar a agricultura para fugir das precárias ou inexistentes condições de trabalho, se dirigindo para as superlotadas periferias das cidades em trabalhos exploratórios de baixa remuneração, marginalizados das oportunidades de alcançarem empregos decentes.
Por isso, a importância da criação de políticas públicas por parte do poder público que visem manter o jovem na terra, assim como mais incentivos às atividades agrícolas. Para que os trabalhadores do campo tenham condições de desenvolver e aumentar seus cultivos, a vida no campo esteja bem estruturada economicamente, apresentando condições para desenvolver os cultivos ou aumentar a produção e investimentos na propriedade e assim garantir aos jovens que querem trabalhar no campo, a sua permanência.
FONTES DAS IMAGENS:
Imagem 1: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/primeira-revolucao-industrial
Imagem 2: https://diariodocomercio.com.br/sitenovo/metodologia-utilizada-para-medir-o-desemprego/
Imagem 3: https://www.cresol.com.br/site/noticias/interna?id=1126
REFERÊNCIAS
WEISHEIMER, N. A situação juvenil na agricultura familiar. Tese doutorado. Porto Alegue, UFRGS, 2009.
Disponível em : http://pct.capes.gov.br/teses/2009/42001013012P7/TES.PDF
Acessado em: 05/04/2018.
Leticia Costa Silva, discente do programa de pós-graduação em dinâmicas territoriais na Amazônia, UNIFESSPA/Campus Universitário de Marabá, leticia_200914@hotmail.com
Kezia Vieira de Sousa Farias, discente do programa de pós-graduação em dinâmicas territoriais na Amazônia, UNIFESSPA/Campus Universitário de Marabá, vieirakezia@hotmail.com
Kelly Carolyne Cirqueira Alves, discente do programa de pós-graduação em dinâmicas territoriais na Amazônia, UNIFESSPA/Campus Universitário de Marabá, kellyalves@unifesspa.edu.br