A presente pesquisa visa discutir a importância de se trabalhar as habilidades socioemocionais previstas na Base Nacional Comum Curricular e presentes no planejamento das práticas pedagógicas dentro de sala de aula, apresentando seus benefícios no processo de ensino e de aprendizagem.
É importante mencionar que as habilidades socioemocionais focam nas aptidões não-cognitivas, elas auxiliam no processo de administração das próprias emoções sendo assim, trazem um ganho significativo para os alunos e assim, os professores conseguem notar um impacto positivo na maneira como eles absorvem os conteúdos, como eles interagem com o conhecimento dentro de sala de aula.
In a book that brings about similarities and differences between Portuguese and the English language, I came across one of the author’s remarks concerning language appropriateness: a Brazilian teenage girl passing by a store with her mother in a Brazilian shopping mall, where words like ‘liquidação’ and ‘desconto’ are written in the window, will ask her: Mom, what does ‘liquidação’ mean? it’s sale, daughter. Oh yes. And what does ‘desconto’ mean? It’s off. Oh yeah. Why don’t the people at that store write appropriately in the window, instead of making up words?
The massive presence of foreign words in the language of advertisements and goods addressed to consumers has already been legally enquired in Brazil. In 2001, federal congressman Aldo Rebelo submitted to the National Congress a project in defense of the use of Portuguese in advertisements in all Brazilian stores. He assumed that English was being used as an object of unrestrained consumption by the Brazilian population. This project advocated that globalization has led Brazilians to live with the ‘indiscriminate and unnecessary invasion of foreign words” in the production, consumption, and advertising of goods, products, and services […] under the influence of North-American English in our country and, of course, digital information and communication technologies’.
A few years later, this issue was on the agenda of the Legislative Assembly of the State of Paraná, in March of 2009, when the vote for a law that determined that the words of the English language written in the windows of stores in Paraná should be translated into Portuguese, so that we, consumers, knew what we were buying, in addition to valuing our language in order to preserve our culture and our identity.
Source: mariomarcos.wordpress.com
It’s needless to say that English and consumption, especially in today’s globalized society, are closely intertwined. I would go further on it by saying that it is seen by most of us in a natural way. As the Brazilian social historian Júlia Falivene Alves points out, ‘it has become so normal to live in this world of foreign things that we don’t even have to go out to find them out. Just look at the words, terms, and phrases stamped on the products we usually consume’.
I see that the functionalities of English in the globalized consumer market seem to be infinite. In consumer-oriented discourses, such as advertising, according to linguist Bhatia, the expectation is that, in the era of rapid globalization and super-branding, advertising messages around the world will fit into an excessively homogeneous standard, in terms of language usage, logo display, and message content, and that English is ‘naturally’ the language of choice by global advertisers.
In a contemporary recurrent debate regarding the consumption of the English language as a commodity, it is maintained that this is a language of global scope, which provides citizens of the globalized world with career success, their prompt inclusion in the labor market, and goods possession, in short, all the attributes that are capable of giving people a privileged social status in this consumer society. Thus, corroborating the thought of Bauman (2004), ‘in the consumer race to reach the desired stuff’ the English language is considered a ‘plus’ to get ahead in the finish line.
Canadian sociolinguist Monica Heller (2003, 2005, 2010) states that the economic activity of languages as symbols of authenticity in the globalized economy is one of the most evident effects and, in this case, languages come to apply and add value to authenticity. She recalls that in the scope of the Fordist economy, in which standardized products were valued and exchanged as indicators of modernity. In contrast to this, she acknowledges that, in the context of the new economy, languages are being indicators of the authenticity of products, which give them an exchange value, that is, a commodity.
The insertion of a single language in symbols, brands, words, phrases, and texts which are stamped in national or local products that are generally standardized, fosters them to gain prominence over others in the consumer market. Thus, being a product, a good, or a commodity, languages are considered symbols of authenticity that add value to niche markets and differentiate them from standardized and low-marketing products.
Heller considers that the authentic or stylized reproduction of a product makes language symbols that give the brand and the product a cultural identification. The high economic investment in launching brands that give authenticity to products consists in balancing the local cultural relationship of a certain language and its prestigious country with the commercialization of the product in the international market.
Therefore, Heller (2005) believes that linguistic hegemony ends up becoming an important symbolic element of authenticity, but that it can be a major obstacle for consumers who speak less prestigious languages.
Summing it all up, I understand that just as Brazilian educational guidelines problematize the instrumental and commercial character of English language teaching, which have prevailed in recent years when they seek to bring back to schools a foreign language teaching perspective aimed at cultural and citizen education, we (teachers, students, parents, and consumers) should reflect on what we really consume: products or languages?
References:
ALVES, J. F. A invasão norte-americana. 2. ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2004.
BAUMAN, Z. Liquid Modernity. USA: Blackwell Publishing Inc., 2004.
HELLER, M. Language, skill and authenticity in the globalized new economy. Noves SL. Revista de Sociolinguística, Winter, 2005. Disponível em: <http://www.gencat.cat/llengua/noves/noves/hm05hivern/docs/heller.pdf>. Acesso em: 20 maio 2021.
HELLER, M. The commodification of language. Annual Review Anthropology, v. 39, p. 101-114, 2010.
HELLER, M. Globalization, the new economy, and the commodification of language and identity. In: Journal of Sociolinguistics. 7/4, Canada: 2003, p. 473-492.
REBELO, A. Culta, bela e ultrajada: um projeto em defesa da língua portuguesa. 2. ed. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2001. p. 1-16.
RICARDO, J. Inglês e Português: semelhanças e contrastes. Barueri, SP: Disal, 2006.
O ato de escrever, prazeroso para alguns, tormento para outros, implica na posse de competências de uso da linguagem que podem ser desenvolvidas na escola, e embora alguns tenham um certo talento inato, mesmo esses desenvolvem melhor a aptidão com um pouco de estudo sobre algumas técnicas de boa redação, ao lado de um pouco de aprofundamento sobre o assunto que deseja abordar.
A linguagem escrita, pelas suas características, pode ser considerada facilitadora da estruturação do pensamento, da realização de uma tarefa específica, e principalmente no desenvolvimento do raciocínio lógico e formal. Escrever facilita não apenas a reflexão, mas também a geração, a organização e o aprofundamento das ideias, é um contexto especializado de comunicação, e comumente caracteriza um certo grupo profissional que dela faz uso.
Basta imaginar aquilo que chamamos “grafia de médico”, exagero que interpretamos muito em função da letra, mas que expressa um conceito popular desta profissão. Escrever bem implica não apenas em colocar ideias no papel – mesmo que um computador faça as vezes deste receptáculo – mas ordená-las, reagrupando parágrafos, coordenando os assuntos em sequência lógica, e dar um acabamento ao texto, pois correção gramatical, concordância e um certo estilo são indispensáveis, para maior clareza e objetividade.
Um requisito essencial para um bom desempenho na melhoria de habilidades evidentemente está na leitura, costuma escrever bem aquele que lê bem, embora algumas vezes a recíproca não seja verdadeira; porém um mínimo de desenvoltura todos podem adquirir, e é preciso lembrar que as situações de avaliação, não apenas na escola mas também na vida profissional, pressupõem a expressão por escrito de um conhecimento adquirido, do uso de ferramentas de aprendizagem, nos processos de aquisição e organização do conhecimento.
Johannes Vermeer – “Mulher escrevendo uma carta”
Sem esquecer que o estudo do tema transparece durante o processo, explanar bem sobre um assunto do qual não se tenha o menor domínio será quase impossível, mesmo que as palavras utilizadas não contenham erro. O adágio popular diz que um bom escritor não precisa falar, precisa escrever, mas escrever sem pensar é bastante improvável; estudar um tema, ouvir opiniões diversas e até contraditórias sobre ele, reforça a segurança de seu ponto de vista e fornece bons argumentos.
Sendo particularmente recomendável nestes tempos de “opinião única”, de grupos reunidos em torno de ideias pré-concebidas (de forma geral bem superficiais e preconceituosas), de intolerância aos dissenso, de agressões a todos aqueles que não raciocinam dentro da mesma fôrma que os demais; escrita demanda pensamento.
Ao longo da história humana a escrita se desenvolveu, partimos de simples registros de imagens de animais ou cenas de caça em cavernas até o moderno celular, mas o objetivo foi sempre o de nos comunicarmos, de transmitirmos informações concretas sobre alimentos, sobre segurança, sobre sobrevivência, mas também notificações sobre nossos medos, nossas inseguranças ou alegrias. No real e no virtual, o exercício da escrita é relevante e essencial, muito de nossas opiniões e legado de nosso conhecimento se fazem por meio dela.
E a escola, onde ampliamos e melhoramos o ato de escrever, lugar do debate, das múltiplas ideias, das teorias que se complementam, contradizem ou pelo menos se superam, estimula a clareza, a coerência e o registro. Cursos superiores normalmente finalizam com um Trabalho de Conclusão de Curso, mestrados com uma Monografia e doutorados com um Tese, pois constituem a evidência do aprendido, o certificado de que se está pronto para exercício profissional, pois o mundo do trabalho demandará escrita em muitas oportunidades.
Um grande conselho que frequentemente nos dão é o de, quando envolvido por grandes problemas, escrever sobre ele: como surgiram, seus possíveis motivos, como transcorreram, estágio atual, prováveis soluções e/ou atitudes a serem tomadas. Isso costuma trazer clareza, como se o ato da escrita trouxesse altura, largura e profundidade para a situação enigmática, auxiliando a disseca-la e resolvê-la.
Mas certamente escrever traz muitas outras vantagens à nossa vida, a capacidade de expressar sentimentos, de posicionamento diante do Outro, seja ele um amigo ou oponente; muitas desavenças nascem e se ampliam apenas na má comunicação verbal ou escrita. Nem todos nascemos para ser escritores, mas todos queremos ser melhor compreendidos, o hábito de escrever auxilia muito neste intento.
O Projeto A Zero é voltado para a criação de publicação de artista e será totalmente gratuito. Serão selecionados 20 artistas, os quais terão a sua publicação individual financiada integralmente pelo programa e irão participar de exposição coletiva.
O Projeto A Zero é uma iniciativa da Editora Medusa, que desde 2002 tem se dedicado a publicar livros, revistas e publicações de artista. Trata-se de um programa de residências artísticas e oficinas de formação destinado a artistas iniciantes e não-iniciantes que pesquisam e produzem a publicação de artista. A realização, por conta da pandemia, será totalmente online, sem custos para os participantes, com inscrição e participação gratuitas. O programa, que será desenvolvido ao longo de seis meses, de maio a outubro deste ano, inclui duas residências (20 horas cada uma) e cinco oficinas (15 horas cada). Cada residência receberá 10 artistas, totalizando 20 participantes. As inscrições para as residências abrem no dia 19 de maio e devem ser feitas até 16 de junho, pelo site http://www.azero.art.br/ Os artistas serão selecionados de acordo com o portfólio e o currículo. A divulgação dos contemplados será no dia 26 de junho.
Mas, antes disso, no dia 26 de maio (quarta-feira), às 19h, os interessados terão a oportunidade de participar de uma conversa ao vivo (online) com o curador do projeto, Ricardo Corona, e também com os mediadores das residências: Juliana Crispe (curadora, pesquisadora, arte-educadora e artista visual) e Amir Brito Cadôr (artista, professor, editor e curador), para conhecer melhor o programa. A live será realizada no canal do Youtube: Alfaiataria Espaço de Artes. A participação será gratuita e não será necessário fazer inscrição. “A ideia deste encontro é apresentar o projeto e esclarecer as possíveis dúvidas dos artistas”, adianta Ricardo Corona, curador do A Zero.
“A publicação de artista tem se desenvolvido na contemporaneidade como uma prática editorial que envolve especialmente os campos artísticos das artes visuais e da literatura e, neste sentido, insere-se em uma miríade de formatos. O programa A Zero abordará a publicação de artista no contexto atual e também as suas diversas relações, as quais estimulam reflexões sobre a história do livro, do livro de artista, do livro-objeto, do caderno de artista, do caderno de desenho, do diário de artista, do diário de bordo, do postal, do panfleto, do cartaz, da gravura, da fotografia, do fanzine, do lambe-lambe, do carimbo, do poema-objeto etc”, explica.
As oficinas oferecidas pelo programa e que darão suporte para as residências serão destinadas não só para os artistas do programa, mas também ao público externo. Com carga horária de 15 horas cada, as oficinas serão mediadas, entre julho e agosto, por Adolfo Montejo Navas (Tema – Fotografia e Poesia), Jozé Roberto da Silva (Tema – Carimbo/Ex-Libris), Maikel da Maia (Tema – Conteúdo em Busca de Contexto), Sandra Favero (Tema – Livro de Artista: Um Lugar) e Fábio Noronha (Tema -Aparelho Super-Móvel).
Cada participante das residências desenvolverá a sua própria publicação, que será totalmente financiada pelo programa A Zero. As publicações deverão ser desenvolvidas durante a participação nas residências e oficinas e o programa vai sugerir alguns formatos. A participação em uma das residências e em, pelo menos, três das cinco oficinas ofertadas pelo programa será obrigatória. “O projeto se propõe a realizar um programa de ações educativas, de formação e qualificação para o fomento e a produção de Publicação de Artista. Poder oferecer a oportunidade para os publicadores e publicadoras desenvolverem de forma concreta seus trabalhos, sobretudo em um momento de reclusão e retração geral como esse que estamos vivendo. É, afinal, uma ótima proposta de parceria”, declara o curador.
Além dos selecionados pelo edital, o projeto vai contemplar também outros oito artistas publicadores para produzirem obras inéditas de publicação de artista para o programa. Foram convidadas as artistas: Lídia Ueta, Eliana Borges, Silvia da Silva, Juliana Crispe e os artistas: Maikel da Maia, Adolfo Montejo Navas, Amir Brito Cadôr e Jozé Roberto da Silva.
Ao ser concluído, o A Zero terá um arquivo de 28 publicações, que irão compor uma exposição de encerramento do projeto, em outubro, no espaço de arte Alfaiataria: https://www.alfaiataria.art/ O programa prevê ainda a distribuição de cópias da publicação para as Bibliotecas Públicas do Paraná, para as autoras e autores.Todas as publicações terão a chancela da Editora Medusa.
Projeto realizado com o apoio da Havan, por meio do PROFICE (Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura), da Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná.
EDITORA MEDUSA A Editora Medusa nasceu de uma revista de mesmo nome. De 1998 a 2000, a revista Medusa se tornou uma importante publicação de literatura e arte do Brasil. Em 2002, após ter concluído o projeto editorial que previa dez números, a revista saiu de circulação e se transformou em Editora Medusa. Desde então, a editora tem se dedicado a publicar livros, revistas e publicações de artista. A partir de 2010, passou a atuar como produtora de festivais literários, mostras de performances, feiras de publicações e exposições de arte. Os editores Eliana Borges e Ricardo Corona são seus idealizadores.
CURADOR Ricardo Corona É poeta, editor, performer e publicador. Mestre em Estudos Literários (UFPR/2010) e sua área de atuação é a poesia contemporânea brasileira e hispano-americana, estudos de relação entre as áreas artísticas (performance, poesia sonora, artes visuais), tradução, curadoria, linguagem e cultura. Integrou os projetos de curadoria: Zoona II – Américas Transitivas (Capela Santa Maria e Unila – Universidade da Integração da América Latina/2017); Monstra – poesia em performance (Casa Hoffmann/2014); Independência: quem troca? (Casa Hoffmann, MuSa-UFPR, FAP, Contemporão, Tardanza, Selvática e UFES/2014); Tupi or not tupi (MON/2014); curador convidado de Literatura e Arte Contemporânea da Bienal Internacional de Curitiba 2013; I Ornitorrinco Modos Transitivos de Criação (Teatro Novelas Curitibanas e Cinemateca de Curitiba/2013); 2012: Proposições sobre o futuro (MAC/2012). É autor de vários livros e sua poesia está publicada no México, Portugal, Espanha e Paraguai.
MEDIADORES DAS RESIDÊNCIAS Juliana Crispe É curadora, pesquisadora, arte-educadora e artista visual. Professora dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais da UDESC. Idealizadora e curadora do Projeto Armazém, que desde 2011 realizou 22ª edições/exposições contando com feiras, seminários e oficinas. O Projeto Armazém tem como objetivo a divulgação do múltiplo e da publicação de artista, possui um acervo com mais de 3000 obras de artistas nacionais e internacionais. Desde 2016 coordena o Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza em Florianópolis/SC, espaço onde acolhe o acervo do Projeto Armazém e também um coletivo de mulheres que tem como o objetivo promover arte, cultura, educação, pró-infância, saúde coletiva e empoderamento feminino. É membra da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte e do Conselho Deliberativo do Museu de Arte de Santa Catarina.
Amir Brito Cadôr Artista e professor de Artes Gráficas na Escola de Belas Artes da UFMG. Realiza pesquisas sobre livros de artista, ministrou cursos e palestras sobre o tema em Belo Horizonte, São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Londrina e Brisbane (Austrália). Fez a curadoria de exposições sobre livros de artista no Centro Cultural São Paulo (SP), Centro Cultural da UFMG, Sesc Pompeia/SP, Museu de Arte da Pampulha/MG e no Cabinet du Livre d’Artiste em Rennes (França). É curador da Coleção Livro de Artista da UFMG. Escreveu para os catálogos de exposição de Paulo Bruscky no Museu de Arte da Pampulha/MG e de Raymundo Colares no Museu de Arte Moderna/SP, em 2010. Em 2016, a editora da UFMG publicou sua pesquisa de doutorado, O Livro de Artista e a Enciclopédia Visual. Atualmente trabalha em um livro sobre as publicações de artista no Brasil.
Serviço: Lançamento do Edital de Convocação Programa A Zero / Abertura de Inscrições Quando: 19 de maio Onde: http://www.azero.art.br/ Inscrição: Gratuita Encerramento das inscrições: 16 de junho
Live sobre o Edital Quando: 26 de maio Que horas: 19h Onde: Youtube – Alfaiataria Espaço de Artes Participação: Ricardo Corona (curador), Juliana Crispe e Amir Brito Cadôr (mediadores das residências). Gratuito